Reforma do pensamento e reforma da educaçao para aprender a viver
Resumen
Assim como proposto por Edgar Morin, entendemos que para reformar o pensamento, no sentido de complexificá-lo, se requer uma transformação profunda em suas estruturas, uma revolução na maneira de pensar, conhecer e captar a complexidade da realidade. Para se pensar de maneira complexa é preciso ver o objeto e suas relações, compreender a dinâmica do todo, perceber suas inter-relações, ecologizar o pensamento para poder ecologizar os saberes. Para tanto, é preciso uma reforma do pensamento acompanhada de uma reforma paradigmática e, também, programática da educação, nutridas por reformas epistemológicas e metodológicas nos processos de ensino e aprendizagem, sem as quais a humanidade não irá muito longe, pois sua sobrevivência como espécie, estará comprometida. Aprender a pensar e a compreender o real é condição fundamental para a sobrevivência humana. Isto porque é urgente repensar as formas de produção do conhecimento, mas de conhecimentos que sejam pertinentes, ecologizados, contextualizados, com sentido e significado para aqueles que aprendem. Para tanto, a educação, e em especial, a escola, como sistema aprendente de natureza complexa, tem seu papel fundamental como espaço de organização dos processos de construção do conhecimento e de aprendizagem, no sentido de garantir a competência institucional para sua realização. É uma instituição fundamental na cadeia recursiva entre a reforma do pensamento, a reforma do conhecimento e a reforma da educação para se aprender a viver. Pensar sistêmica e complexamente todo o sistema educativo e, em especial, a formação do professor, para que ele possa enfrentar os problemas e as demandas que surgem na complexidade do cotidiano da vida, é condição essencial para a construção da autoria discente e para que a reforma do pensamento incida, verdadeiramente, na reforma da educação para se aprender a viver, como requerido por Edgar Morin.
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